La Fédération anarchiste de Rio de Janeiro
(FARJ) tient à exprimer sa solidarité envers la famille, les amis et
les membres du parti et de Marielle Franco, militante et conseillère du
Parti Socialisme et Liberté (PSOL). Nous expimons également notre
solidarité envers la famille d'Anderson Gomes, le chauffeur de Marielle
lui aussi assassinée le 14 [mars].
Marielle était une militante de longue
date en faveur des droits humains et pour la garantie des droits sociaux
dans les favelas, et son assassinat a toutes les caractéristiques d'une
exécution. Ajoutez à cela le fait que Marielle est membre de la commission de l'ALERJ [Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro] qui a suivi l'intervention militaire et fédérale à Rio de Janeiro, ce qui rend le fait encore plus suspect.
Nous savons que la période dans laquelle
nous vivons est sombre: l'intervention militaire actuelle, qui aggrave
le processus de génocide de la population noire dans les favelas de Rio
de Janeiro; la progression du néolibéralisme qui aggrave l'inégalité
sociale dans tous les pays; le retrait des droits sociaux des
travailleurs ruraux et urbains. Toutes ces mesures ont été accompagnées
par la criminalisation des combattantes et des combattants sociaux qui
se lèvent pour défendre le peuple.
Les menaces contre le militantisme qui
dénonce les crimes odieux commis par l'État brésilien sont constantes.
Mais elles ne nous effraient pas.
Nous exigeons une enquête immédiate sursa mort.
Nous exigeons justice pour Marielle Franco!
Ne jamais pardonner, ne jamais oublier
Lutter n'est pas un crime!
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En portugais :
A
Federação Anarquista do Rio de Janeiro (FARJ) vem a público se
solidarizar com a família, amigos/as e companheiros/as de partido e
Marielle Franco, militante e vereadora do Partido Socialismo e Liberdade
(PSOL). Também nos solidarizamos com a família de Anderson Gomes,
motorista de Marielle e também assassinado no dia 14.
Marielle
tinha um histórico de militância a favor dos direitos humanos e pela
garantia dos direitos sociais das favelas e seu assassinato tem todas as
características de uma execução. Some-se a isto, o fato de Marielle ser
integrante da comissão da ALERJ que acompanhava a intervenção militar e
federal no Rio de Janeiro, o que torna o fato, ainda mais suspeito.
Sabemos
que o período sombrio em que vivemos: a atual intervenção militar, que
agrava o processo de genocídio da população negra nas favelas cariocas; o
avanço neoliberal que agrava a desigualdade social em todo país; a
retirada dos direitos sociais dos trabalhadores do campo e da cidade.
Todas essas medidas vem sendo acompanhada com a criminalização das
lutadoras e lutadores sociais que se erguem em defesa do povo.
São
constantes as ameaças que vem sendo feitas à militância que vem
denunciando os crimes hediondos que vem sendo cometidos pelo Estado
brasileiro. Mas não irão nos amedrontar.
Exigimos a imediata investigação de sua morte. Exigimos justiça para Marielle Franco!
Jamais perdoar, jamais esquecer!
Lutar não é crime!
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En anglais :
Solidarity notice to the family, friends and fellow men and women of Marielle Franco
The
Anarchist Federation of Rio de Janeiro (FARJ) comes out in public in
solidarity with the family, the friends and fellow men and women of the
party, and with Marielle Franco, activist and councilwoman of the
Socialism and Freedom Party (Partido Socialismo e Liberdade – PSOL). We
are also in solidarity with the family of Anderson Gomes, Marielle’s
driver, also murdered on the 14th.
Marielle
had an activism history in favour of the human rights, and for
warranting social rights in the favelas, and her assassination has all
the characteristics of an execution. Additionally, Marielle was in fact a
participant in the municipality council assembly’s commission that was
following the military and federal intervention in Rio de Janeiro, which
makes the fact even more suspicious.
We
know that the grim period we are living in: The current military
intervention, which escalates the black people’s genocide in Rio de
Janeiro’s favelas; The neo-liberal advance that worsens the social
inequalities in the whole country; and The removal of the social rights
of workers in the country and in the city. All those measures are being
accompanied with the criminalization of men and women who are social
strugglers, and who rise up in defence of the people.
The
threats that are being done to the activists who are exposing the
heinous crimes that are being committed by the Brazilian State are
constant. But they will not frighten us.
We demand the immediate investigation of her death. We demand justice to Marielle Franco!
Never forgive, never forget!
To fight is not a crime!
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